Eu tava lendo esse aqui, do Diego Lock Farina: O mar enquanto. Uma aluna se interessou e emprestei, na aula. Ela olhou, folheou, quando eu percebi ela tava lendo em voz alta pra colega do lado.
— Profe, não entendi. Não dá pra entender.
Eu tava lendo esse aqui, do Diego Lock Farina: O mar enquanto. Uma aluna se interessou e emprestei, na aula. Ela olhou, folheou, quando eu percebi ela tava lendo em voz alta pra colega do lado.
— Profe, não entendi. Não dá pra entender.
O mais legal do Ronald Augusto, isso aparece todo dia no trabalho dele, é que ele gosta de falar sobre texto, linguagem, forma. Tá sempre falando de texto, o Ronald. Então eu vim aqui conversar com ele, com vocês, sobre texto, linguagem, literatura.
O Marco se autointitula goleiro-linha. Um cara que tem uma meta fixa a ser guardada, mas que dá umas escapadas de vez em quando pra explorar o campo.
Este livro deixa isso evidente. É um livro que, na verdade, são pelo menos quatro.
“Polêmico”, disse uma colega professora, quando o Ronald passou por Caxias, tempos atrás. Deve ser porque ele é um filósofo. Ou porque comentou a falta que a crítica faz pra literatura. Ou então porque o Ronald escreve versos “experimentais”, ou mesmo experimentais sem aspas.
Esse livro é um gesto de busca pelo entendimento completo, em três dimensões que se multiplicam.