Na aurora da minha vida, eu lia. Na parada do ônibus, nas filas de banco ou banheiro, até na sala de aula. Eu precisava recuperar o tempo perdido por ter nascido em Caxias, nos anos 1980, e não em Paris, em 1890… E ler em público era uma forma de me sentir menos estrangeiro, porque eu ia reconhecendo outros leitores.
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O Congresso dos Estados
Na conferência de abertura falou o Estado de Emergência, chamado às pressas para substituir o Estado Democrático de Direito que, por razões de força maior, não pôde estar comparecendo ao encontro.
Plateia de obra
Em Bolonha, existe um nome específico para o cidadão que costuma parar e olhar obras na rua. É o umarell, que pode ser traduzido, com carinho, por “homenzinho”.
Hipótese
O mundo não muda
porque a gente não muda.
Não por medo que a gente
não saiba como,
num futuro diferente,
mas por medo que o passado
não caiba e acabe
no presente.
Gozo imediato
eu tava aqui escrevendo
ela chamou
eu fui correndo