Meu tocaio Paulo Marmentini estava lendo A lenda do corpo e da cabeça, onde se explica a origem de nomes como Tristeza, pro bairro, e Dilúvio, pro arroio, e me pediu pra fazer algo assim sobre os topônimos da serra.
Categoria: Crônica
Rios aéreos, cidade baixa
Décadas atrás, fui amigo de um grupo que se propunha a fazer literatura explorando apenas a banalidade. Um exercício recorrente era escolher de modo aleatório uma pessoa na rua e escrever listas de possibilidades sobre a vida dela. Por exemplo, um homem esperando um ônibus: está indo pra casa, onde o espera um filho desempregado; se fosse meu vô, iria para o INPS; quando criança, queria ser gari ou vendedor de gás, só pra ficar dependurado num caminhão; vai entrar no ônibus e continuar o assunto de ontem (rios aéreos) com o motorista.
Dalton e Tairone
Uma vez o Dalton Trevisan disse que, desde que a mulher dele tinha morrido, ele só lia e relia Machado de Assis.
É como dizer que não lhe interessava a literatura feita depois de 1908. Ou é como dizer que ele se posicionava contemporaneamente (sentimentalmente) no século XIX. Continuar a ler Dalton e Tairone
Feriados de novembro
Um colono comentou esses dias que três feriados em novembro era demais. Que o brasileiro não quer trabalhar. Aí eu fiquei pensando que a única coisa de que eu reclamo, em termos de feriado, é que não tem nenhum em agosto, nem em julho.
Crônica pré-natal
Em vez duma crônica de natal, vou fazer uma pré-natal. Que nem o exame aquele pra ver se está tudo bem com o bebê. Ou seja, com o ano que vem.