Minha vó me contava uma história que era assim.
Tinha uma guria lá que tava enjoada de fingir que sabugo era boneca, que palha era roupinha e que pentelho de milho era cabelo de menina. Daí ela vivia pedindo pra mãe uma boneca de verdade.
Minha vó me contava uma história que era assim.
Tinha uma guria lá que tava enjoada de fingir que sabugo era boneca, que palha era roupinha e que pentelho de milho era cabelo de menina. Daí ela vivia pedindo pra mãe uma boneca de verdade.
Dantes, Caxias era o Campo dos Bugres.
Assim eu começava uma crônica, aos dez, tentando escrever bem em português. Quem me fez perceber o ridículo foi o amigo Dramático, em um encontro do Quarteto Realista-Mágico:
Entre a Antares e a Sírius, está a Camaleão: uma constelação em que se pode escutar talian e hunsrik. Se tu sabe falar essas línguas, a chance de conseguir desconto na bergamota e no queijo se expande estratosfericamente.
Em 2000, em Caxias, meus amigos se dividiam entre arremedos de metaleiros e arremendos de punks, perfeitamente indiscerníveis dos punks e metaleiros de verdade. E todo fim de semana eles se expunham no Galleria.