Seu Guerino da Mulada

“Cada pago com sua praga”, diz que dizia o Buiú, “mas tem praga que dá por tudo”.

Uma é a leitura, que descaminha neurônios, promove despencamento de pálpebras e aviltamento da vista. 

Outra é a nostalgia, que cava chagas nos peitos mais capacitados, racha diques nos olhos mais brilhosos e estoura, tal qual taquaral que alguém foi lá tacar fogo pra espantar cruzeira.

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Bairroça

Vamos dizer assim: bairroça. Uma periferia colona, um arrabalde rural, no interior do Rio Grande do Sul. Com gente que tinha vaca e entregava leite de casa em casa, com a guria que passava pedindo a lavagem pros porco, a Clair, o nome dela, que só agora, escrevendo o nome, eu me dou conta que é francês: mas nós dizia Claír, assim, no bairroça.

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