O Congresso dos Estados

Na conferência de abertura falou o Estado de Emergência, chamado às pressas para substituir o Estado Democrático de Direito que, por razões de força maior, não pôde estar comparecendo ao encontro.

Aí o Estado Crítico pediu a palavra para fazer uma pergunta, mas foi interrompido pelo Estado de Exceção.

Após a pausa para o café, o Estado Laico defendeu o direito de ser cristão e foi muito elogiado pelo Estado de Espírito, que estava ali divulgando seus serviços de exorcismo. 

Depois do almoço, houve um debate entre os Estados Gasoso, Líquido e Sólido para ver quem durava mais. O evento, porém, foi interrompido por um protesto do exaltado Estado de Ânimo, que não havia sido convidado. A situação foi habilmente apaziguada pelo Estado Maior e pelo Estado Policial, já que o Estado Civil estava ocupado demais com burocracias.

Os protestos disturbaram um pouco o cronograma, então a participação do Estado de Bem Estar Social teve que ser suprimida. A última conferência foi realizada pelo Estado Mínimo, que defendeu a livre iniciativa de ganhar muito dinheiro sem pagar impostos.

O evento, que foi patrocinado pelos Estados Unidos, concluiu-se com uma emocionante homenagem ao falecido Estado Nação. A festa de encerramento foi realizada nas dependências do Estado de Sítio, contando com um grande show do Estado da Arte.

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