Rios aéreos, cidade baixa

Décadas atrás, fui amigo de um grupo que se propunha a fazer literatura explorando apenas a banalidade. Um exercício recorrente era escolher de modo aleatório uma pessoa na rua e escrever listas de possibilidades sobre a vida dela. Por exemplo, um homem esperando um ônibus: está indo pra casa, onde o espera um filho desempregado; se fosse meu vô, iria para o INPS; quando criança, queria ser gari ou vendedor de gás, só pra ficar dependurado num caminhão; vai entrar no ônibus e continuar o assunto de ontem (rios aéreos) com o motorista.

Continuar a ler Rios aéreos, cidade baixa

Entrevista para a Parêntese

Parêntese – Conta um pouco da tua formação e trajetória profissional, por favor.

Paulo Damin – Na infância eu lia bastante, gostava de escrever e ouvir histórias. Consegui fazer Letras na UFRGS, depois na UFSC. Trabalhei com várias coisas, mas lidar com linguagem é o que me deu mais sentido. Hoje faço tradução, revisão, dou aulas de português, italiano e literatura. Reservo metade do dia para ler e escrever.

Continuar a ler Entrevista para a Parêntese