Depoimento 1
Acabei agora de ler o Adriano Chupim. Estava triste que ele tinha sumido no final da história, mas que bom que voltou, com sua cara de pau comovedora. Me diverti muito, dei muita risada com o loco. Acabando o livro agora num café da Rua da Praia e tem um véio debatendo com um cara alguns parágrafos em espanhol, escritos por ele. Bem de acordo com o imaginário perseguido pelo Chupim.
Resta a impressão de que a aventura (ou a gesta) regionalista pode recomeçar a qualquer momento, com características novas, como se nada: afinal, o Chupim é um cara de pau! Assim como vai, ele volta. Sem cerimônias ou reverências.
A parte que achei a mais engraçada de todas: no auge do desenrolar da história, digo, os militantes do MIG fazendo história com as próprias mãos, em meio à gravidade dos fatos, eventualmente alguém lembra que o Chupim tá usando cueca. 🤣
Depoimento 2
Tô lendo o Chupim, dando muita risada. Super mega ultra regionalista, mas bem legal pra quem conhece a linguagem gaúcha. O macharedo todo reunido, kkk.
Uma hora vou entregar ele pra minha tia, irmã do pai, ela vai gostar, especialmente das citações das músicas, acho que ela conhece tudo; eu, nada.
Na parte mais pesada dos machismos, fiquei pensando no público leitor, talvez muitos se identifiquem com os personagens. Aquela música 'morena de quinze anos' tava tocando esses dias num buteco aqui é um culto à pedofilia.
Essa questão do machismo é horrível, estou passando trabalho com uns guris do nono ano, como profe eles até me respeitam em certa medida, mas é horrível ver as atitudes que eles têm entre eles.
Estou tentando lembrar da bell hooks pra pensar em formas de tentar educar. É triste ver o machismo em meninos tão jovens. Não tá fácil.
Se eu fosse escrever uma resenha, diria que o livro tem uma "virada". Até certo ponto é super engraçado, a gente dá risada das bobagens do Chupim. Depois vai perdendo a graça, o machismo vai ficando mais pesado, dá raiva.