Uma brincadeira legal de fazer com a literatura é pegar um tipo de texto nada a ver com o que se entende por literatura (digamos um manual de motores, uma receita de remédio) e transformar os elementos-chave, assim:
Redação sobre os 150 anos de imigração
Bom, meu nome é João Pedro e vou contar a história do sonho que eu sempre tive e ainda tenho.
Bom, eu sou oriundo do município de Arvorezinha, terra da erva-mate e do melhor chimarrão, no estado brasileiro do Rio Grande do Sul. Lá tem uma fábrica, uma ferragem, agriculturas e animais. Onde as pessoas gostam muito de trabalhar. Eu não gosto muito de trabalhar, mas é porque é preciso.
Causinhos de Páscoa
Teve uma vez que um vizinho apareceu com uns coelhos. Oba, diz o filho dele, vai ter ovo de graça.
Aí o guri pegava e revirava aquela coelha a torto e a direito pra ver se não tinha um ovo despontando.
Em Calgary isso não acontece
Tinha um cara lá que morou num lugar chamado Calgary. Daí, tudo que ele via no Brasil ele tinha que comparar.
Passava um motoqueiro fazendo barulho? Em Calgary isso não acontece. Vinha um cara pedir dinheiro? Em Calgary isso não acontece.
Ensaios filosóficos poéticos do Ronald
O mais legal do Ronald Augusto, isso aparece todo dia no trabalho dele, é que ele gosta de falar sobre texto, linguagem, forma. Tá sempre falando de texto, o Ronald. Então eu vim aqui conversar com ele, com vocês, sobre texto, linguagem, literatura.