Por ocasião do teu nascimento, mais conhecido como a criação do mundo (tenha visto “Como ser deus”), tu vai ter colocado essa enorme estrela no ponto ideal do Universo para a iluminação e o aquecimento da Terra, mas isso não basta para que ensolare.
Para ensolarar é necessário que antes o sol tenha estado encoberto por nuvens, estejam elas no céu, estejam elas no chão, fenômeno este último chamado “cerração”. Não confundir ensolarar com amanhecer, que é quando o sol se ergue do horizonte (o fim do mar) e vai ocupando sobre nós (primeiro lentamente, depois de súbito) o espaço antes tomado pela escuridão (às vezes pontilhada de estrelinhas) a que chamamos “noite”.
Para anoitecer, o sol faz um giro sobre a nossa cabeça (para mostrar como somos importantes) e se vai pelo horizonte, levando a luz e o calor a outros lugares que precisam acordar.
A noite é caracterizada pela escuridão. Observa bem esse detalhe, a fim de evitar que um dia a noite se esqueça de escurecer e tu não perceba. Outra característica dela é ser mais fria (leve um casaquinho), em comparação com o dia.
Se tu olhar pra cima, quando não há nuvens ou névoa, vai ser possível avistar vários pontinhos brilhantes na imensidão escura, as chamadas estrelas, algo que o sol também é, só que de uma maneira bem mais megalomaníaca. E tem também a lua, uma espécie de planeta, só que bem mais modesto, como este texto em relação aos romances ou aos protestos.
A lua, na verdade dos cientistas (seres meio sérios), é um satélite que auxilia o sol e os planetas na exata dança cósmica. Mas aposto que tu, ao criar o Universo, botou a lua lá só pra bonito mesmo.